quinta-feira, 25 de julho de 2013

O QUE VOCÊ FAZ PARA MELHORAR A MOBILIDADE DE SUA CIDADE?




Caros amigos, 

A defesa de um transporte público de qualidade, do uso contínuo de meios não motorizados de deslocamentos e a consequente melhoria da mobilidade urbana que eles trazem, já virou tema recorrente na sociedade. 

Gestores, acadêmicos, técnicos, jornalistas e população em geral ocupam a imprensa, salas de aula, redes sociais e todas as formas de comunicação para declarar os benefícios do investimento nas formas coletivas de viagens ou para denunciar abusos de usuários que cometem infração, além de atacar os congestionamentos cada dia mais extensos que vivenciamos como se lá não estivessem contribuindo com eles.

Mas o que cada um de nós faz efetivamente para mudar nossa realidade atual? Fica a pergunta.

Saudações

segunda-feira, 15 de julho de 2013

RECIFE E O RODÍZIO DE CARROS


Foto: Blog do Jamildo

Caros Amigos,

Sobre a possibilidade de haver rodízio de veículos nas vias da cidade do Recife e no sentido de contribuir com o debate, pontuo aqui, aspectos que me causam um certo temor e que, ao meu ver, os órgãos de planejamento e executores da Prefeitura precisam estar atentos:

A proposta do rodízio recifense difere da capital paulista (principal exemplo no Brasil) na quantidade de carros que - em tese - deixarão de circular. Em São Paulo, restringem-se duas terminações de placas por dia, deixando de circular aproximadamente, 20% da frota (?). Em São Paulo os veículos de placas com terminação 1 e 2 não circulam nas áreas restringidas nas segundas feiras, mas ficam "liberados" nas terças, quartas, quintas e sextas, já os veículos com terminação 3 e 4 ficam proibidos nas terças feiras e liberados no restante da semana e assim sucessivamente... Vale salientar que aos sábados e domingos não há quaisquer restrições. 

Na proposta da Prefeitura do Recife - de acordo com os jornais - a restrição levará em conta placas pares e ímpares, ou seja, se o dia for par, todos os veículos 2, 4, 6 e 8 poderão circular, mas estarão proibidos nos dias ímpares. Nesses dias (ímpares) só poderão circular os veículos com terminação 1, 3, 5, 7 e 9. O curioso, segundo o Diário de Pernambuco (em meados de março de 2013) é que não há ainda uma definição para as terminações "0". Bom, se consideramos que a placa 0 será considerada par, a restrição de circulação por dia será de 50% e é aí onde entra minha outra preocupação. 

Ora, estaremos preparados para proibir 50% dos condutores de circularem em dias alternados sem apresentarmos opções viáveis para suas viagens? Nas matérias não há qualquer menção sobre como se dará a oferta do sistema público de transportes, especialmente por ônibus trem e metrôs. O número de viagens vai aumentar? Esses modos suportarão o aumento dessa demanda? Qualquer política restritiva ao uso do automóvel precisa ser pensada e implementada com ações concomitantes de uso e ocupação do solo e do planejamento dos transportes. Para proibir o cidadão de usar seu carro é necessário que haja oferta no sistema público com alto nível de serviço (pontualidade, segurança, modicidade tarifária e conforto).

Outro fato preocupante é que a Prefeitura do Recife ainda não se posicionou se a medida (o rodízio) vai servir apenas para os automóveis (carros) ou se será um rodízio veicular (compreendendo todos os automotores, como motos, caminhões e ônibus que não façam parte do sistema público). A motos estarão enquadradas na restrição? E se não estiverem - e forem liberadas do rodízio - não estará havendo um estímulo do crescimento do uso desse modal, sabidamente vulnerável e perigoso?

A Prefeitura do Recife e Governo do Estado precisam esclarecer quais as ações nesses corredores restritivos serão adotados. As calçadas receberão algum tratamento para que os 30% históricos de pessoas que andam à pé, o façam com maior conforto e segurança? E a mobilidade por bicicleta e seu crescimento silencioso das pessoas que fazem uso para seus deslocamentos principais como ir ao trabalho diariamente? Não seria essa a hora de estimular seu uso, garantindo mais segurança para seus usuários e desafogando o sistema público de transporte com mais uma opção, esta, saudável e sustentável?

Bem, essa discussão já é um bom começo para que possamos amadurecer a ideia e fazer uma boa colheita no futuro. E mais, para que não haja a sensação de que o Poder Público quer apenas "mostrar serviço". O próximo passo deve ser a elaboração do projeto para ser apresentado à sociedade em audiência pública, pois a Administração Pública não pode deixar de debater diuturnamente com a população e com os setores da sociedade que já se debruçam há anos sobre o tema. Certeza que essas medidas não podem ser tomadas dentro dos gabinetes. 

Por fim deixo claro que sou favorável a políticas restritivas ao uso do automóvel, mas não existe uma única medida capaz de resolver a situação atual que vivemos.

Saudações!


sexta-feira, 12 de julho de 2013

PLACA VERDE NO CARRO, QUE DANADO É ISSO?

 
                                        


Caros amigos,

Talvez você já tenha percebido que alguns carros circulam com placas verdes iguais a esta da imagem e se perguntaram do que se tratava, não?

Pois bem, ao contrário de todas as outras placas alfa-numéricas existentes (branca com letras pretas, cinza com letras pretas, vermelha com letras brancas, brancas com letras vermelhas, azul com letras brancas e pretas com letras brancas), as placas de experiência (verdes com letras brancas) não são vinculadas a nenhum veículo como as demais, mas a um CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), pois seu uso é momentâneo e pode ser utilizado em diversos automotores ao longo do tempo, ou seja, pode ser usada em um carro hoje, em outro amanhã, etc. Para ficar ainda mais claro, a placa do seu carro por exemplo, será sempre a mesma desde o momento em que foi registrado até a efetivação de sua baixa definitiva ainda que haja mudança de endereço, de cidade ou estado.

São as concesionárias e revendedoras de veículos que as possuem para que seus carros (ainda não vendidos) possam fazer pequenos deslocamentos, mas especialmente para test-drive com seus potenciais clientes. Isso acontece porque - com exceção dos veículos que já estão com nota fiscal faturada e dispõe de um tempo para ser registrado (emplacado) - é proibida a circulação de veículos sem placas. Infelizmente, algumas concesionárias "emprestam" as placas verdes para que clientes usufruam dos veículos até que haja a conclusão do processo de emplacamento, mas a ação não é legal.

Saudações!






quarta-feira, 10 de julho de 2013

A MOTO E O PODER PÚBLICO


                                            


Caros amigos,

O fenômeno chamado motocicleta vem tomando proporções alarmantes a cada dia que passa, pois ela recebeu, ao longo dos anos, uma atenção diminuta pelo poder público, uma vez que nunca - até o final da década de 1990 - trouxera grandes problemas de qualquer ordem para a sociedade. Andar de moto era poético, feito por alguns poucos...

Para se ter uma ideia, o que todos os especialistas condenam hoje em dia que é a passagem de motos entre dois veículos, estava prevista como proibição na redação original do Código de Trânsito Brasileiro em 1997, mas foi vetada pelo então presidente Fernando Henrique sob a alegação que "ela perderia sua principal característica: a agilidade". O fato é que ela não nos preocupava.

Com o passar dos anos, a moto passou a ser substituída por bois, jegues e cavalos pelo trabalhador rural nos diversos grotões do Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste inicialmente. Hoje em Pernambuco por exemplo, das 185 cidades pernambucanas, 147 já possuem uma frota de motos superior a de carros. Todos os recordes de produção e comercialização são quebrados todos os meses, anos... Nem da pra acompanhar direito essa evolução.

O fato é que o poder público não fez o dever de casa e quando percebeu, já estava em recuperação.

Vamos em frente!



terça-feira, 9 de julho de 2013

OPS, CUIDADO COM O TRATOR!



Caros amigos,

Como todos sabem, o estado de Pernambuco virou um grande canteiro de obras. Investimentos de grande monta dos Governos estadual e federal, fez com que tenhamos, cada vez com mais frequência, a presença de tratores em espaços de circulação antes ocupados por veículos de menor porte.

O que chama a atenção é que mesmo sendo exigido por lei, dificilmente (para não dizer nunca) você encontra uma dessas máquinas com placa automotiva, o que nos faz imaginar que seus condutores talvez não sejam habilitados ao menos na categoria exigível para esse tipo de veículo (Categoria C). Essa imagem foi registrada na cidade de Camaragibe.

Uma coisa é certa, ao trafegar nas ruas de sua cidade, tenham cuidado com essas máquinas de tamanho e velocidade diferenciados, pois algum tipo de choque pode trazer graves consequências para as vítimas.

Saudações