quarta-feira, 10 de junho de 2009

O TRANSPORTE PÚBLICO


As cidades brasileiras com raras exceções a exemplo de Curitiba-PR, não implantaram infraestruturas que beneficiassem o transporte público - como se sabe - a forma mais democrática de mobilidade que existe. Enquanto um carro leva no máximo 5 pessoas, mas que em geral, possui uma taxa de ocupação de pouco mais de 1, um ônibus consegue transportar dezenas de pessoas ocupando um espaço infinitamente menor do que todos os automóveis precisariam para transportar o mesmo número de pessoas. Mas então, porque será que toda vez que os congestionamentos crescem, os (pseudo) "especialistas" em trânsito enumeram as possíveis soluções sugerindo alargamentos de ruas, criações de viadutos, pontes ou túneis? Porque o debate da valorização do Transporte Público é deixado de lado?

O espaço público, como o próprio nome diz, deve ser utilizado pelo conjunto da sociedade e quando medidas forem tomadas no sentido de minimizar os congestionamentos, ele, o TP precisa ser priorizado. Criação de corredores exclusivos, subsídio tarifário e valorização dos profissionais são apenas alguns exemplos que devem ser valorizados de forma premente.

No mundo, podemos citar o Transmilênio que corta toda a cidade de Bogotá em vários troncais (foto), onde se pode com apenas uma tarifa, percorrer os quatro cantos da capital Colombiana com corredores exclusivos no centro da pista, paradas confortáveis e bem sinalizadas com intinerários e horários confiáveis, além de dispor de linhas paradoras e expressas, neste último caso, as pessoas que se deslocarão para pontos mais distantes não perdem tempo com o "pinga-pinga" tradicional do nosso TP.

Medidas como essa, farão com que alguns deixem seu carro em casa, pois não há nada mais desagradável para os condutores do que perceberem que enquanto estão presos nos congestionamentos, os usuários dos corredores de ônibus seguem seu trajeto com fluidez.

Não é simples, mas é possível sim!

Saudações!

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